sábado, 1 de abril de 2017

                                                              
O coelho branco


            Era uma vez um coelho chamado Daniel. Era branco como a neve, mas era o único coelho branco da sua toca e, um dia, lembrou-se de perguntar à mãe:

          - Mãe, porque é que eu sou o único coelho branco da nossa toca?

          - Porque nasceste assim, és perfeito assim e eu gosto de ti, como gosto de qualquer um dos teus irmãos - disse a mãe.

          Certo dia, o Daniel perdeu-se da sua toca e foi dar por si encostado numa raposa. Quando a viu, exclamou:

          - Não me comas, por favor!

          - Não te vou comer, só quero ser tua amiga! - afirmou a raposa.

          - Está bem. Espero que nos voltemos a encontrar, mas agora tenho de ir - disse o Daniel.

          Despediram-se, o coelho seguiu caminho e começou a aproximar-se de uma escola. Entrou e pediu a uns meninos que andavam a brincar no pátio, para o pintarem de castanho claro.

          Finalmente, encontrou a sua toca e a mãe estava sempre a confundi-lo com o seu irmão Ismael. Até que chegara a hora de tomar banho. Quando a mãe viu que era o Daniel, disse-lhe:

         - Filho, tu és perfeito como és. O que interessa verdadeiramente, nas pessoas e animais, é o seu interior.



Margarida Lacão

2 comentários:

  1. Uma história muito bonita, Margarida. Tens de a ler , na sala de aula, porque nem todos os colegas a vão ao blog. A tua história termina com uma grande verdade, o que valoriza as pessoas são as suas atitudes e os seus valores. O aspeto exterior pouco ou nada diz acerca da pessoa. Gostei. Parabéns.

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  2. É verdade o que interessa é o que está dentro de nós e não o nosso aspeto.

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